domingo, 17 de fevereiro de 2008

Tempestades


*




Cacos de vidros,
companheiros fiéis
de jornada,

Fizeram da outrora estrada,
iluminado campo
de flores vítreas

Os pés, acostumaram-se,
e já caminham
por ódio, rancor
ou quiçá,
por mera
cisma.

Nuvens, arrebatadas
numa cúpula,
chovem granizo

Em rajadas
de dor e medo

Minha pena,
de morte,
perdida,
rabisca à força
nas rochas
em estilhaços

Como se a angústia
fosse tinta...
ou brinquedo

"Inspirem-me,
ó raios ,
que gritam ao longe
nos velhos dezembros
dos meus antepassados!"

Eis que
minhas palavras ainda terão asas...
alçarão meus sonhos despedaçados.




(Jessiely Soares)

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