terça-feira, 30 de setembro de 2008

Fragilidade





Seus pedaços
se espalham
pela casa

como cristais de saudades
irremediavelmente pintados
pelas tuas mãos ausentes.

Como
se eu fosse
pedra.
Ou chuva, domingo,
relíquia, mormaço...

Deixei de ser coisa inteira.
De pouco me vale essa noite.
A pólvora a qual não ateei fogo,
incendiou-me...

E no momento em que achei
que todo o meu destino
estava num intempestivo
momento reacionário.

Explodi.

De mim, cinzas.
Na minha fragilidade de estilhaço.



(Jessiely Soares)

1 comentários:

Anônimo disse...

Belo poema. Com palavras muito bem escolhidas e colocadas.
Parabens.