terça-feira, 7 de outubro de 2008

Resquícios e guardanapos

 
Debaixo dessa lua
o dia morre bonito
nas confidências de boteco.

 Vinho, e tinto verso

Se tu me deres uma só razão
posso escrever um poema
ou,
virar atriz de alguma peça de quinta
que te fará
perdoar minha embriaguez

Mas, não se deixe levar pelo meu
sorriso.
É etílico e vicia.

Como aquela lenda
de que existe nesses
nossos cantos
alguma dose subliminar de sensatez.

Deixe o sereno morrer...
algum som de violão
vai meditando nossa noite
enquanto a rua
veste-se de alguns rumores
e dá-se por esquecida,

entregues aos contornos
de uma meia madrugada,
com um velho tinto na mesa

e uns retalhos
de poesia.


(Jessiely Soares)

0 comentários: