*
Aquela fumaça
- clarão assolando
o meio da mata -
E a placa no meio do barro
que teima em fingir-se de estrada
"Ponte interditada"
Não faziam sentido.
"Acesso a um carro por vez
a ponte do Rio Paraíba.
Peso controlado.
Perigo."
Mas, como? Se meu corpo,
sem contar os adicionais,
pesava por todo o espaço.
Por gosto, guardei no meu peito
seus passos indecisos
e as lágrimas da pequena
por sua ausência.
Enquanto a poeira cobria
aquele sorriso escondido
que nossos rostos fabricam
entre o olhar e a reticência
Eu, atravessando as queimadas
e as pontes desativadas
fui fiando o caminho
fazendo trilhas na noite
da eterna distância ingrata.
Enquanto a cana de açúcar
prevendo a morte da ponte
Queimava para iluminar a estrada.
(Jessiely Soares)
3 comentários:
Ei, é
Ponte da Batalha Interditada!
Exato, Beto. Exato.
Teste I
Postar um comentário