terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Presente



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terça-feira, nove da noite

o sereno canta leve
uma canção de ninar para os pardais.

Eu sento e converso com o vento
prodigioso

Ele mal me ouve, eu não me conto,
além do mais, entre nós, nem há novidades.

Apenas afago a solidão com uma das mãos.

Com a outra aceno
para minha vida inglória

Minha grave e séria companheira
das noturnas e angustiáveis horas .



(Jessiely Soares)

1 comentários:

Alfredo Rangel disse...

Sabe aquele caderno surrado de tanto ser lido, onde escrevo aquelas poesias que com mais prazer atingem minha alma? Pois ele está se transformando no livro de uma única poeta. Não vou te deixar ler o que nele está escrito. Você já sabe de cor...

beijo