Não somos parecidos
nem sequer nos desvarios e esquecimentos.
Um porto selvagem se perde além das nossas trincheiras
e o que resulta
além do arrastar uma areia espessa
é algo como um chuva
num chão devastado por
por cores de serpentes e borboletas.
Tu és esfinge
eu sou apenas
o espectro
e ainda assim, não somos parecidos
nem sequer em nossas tormentas.
Caminhamos lado a lado
eu, fazendo escarcéu com o gosto do toque da névoa
e o teu rosto brincando de incendiar os belos
e mortos
pássaros de ar
que tu mesmo inventas.
(Jessiely Soares)
1 comentários:
Sempre bom achar um blog que é livro da alma, escrito com risos e sangue dos dias.
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