segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Alvenaria




Alguma coisa entre nós, sempre me prende ao romântico:
ao profano, ao sagrado, ao recanto
onde possa construir um descanso
para deitar e ouvir sua voz.

Quero construir, ao redor dessa arquitetura, uma lagoa
e nela pôr patos selvagens.

Quero um afago de cavalos a correr pelos fins de tarde,
quando a serra se tinge de vermelho

Quero um balanço bem grande para brincar de assanhar os cabelos
de minha pequena

Em uma vida nada barroca.

Um banco de descanso, um pôr de sol soberano,
uma casa-inventada-poema.
Com entradas para ventos que saibam cantar cantigas.

Você e eu. A pequenina.
Desenho de dois poetas, casa de fazer poesia;
Como ecos pelo amor de tudo, como cantos a encantar estrelas.

Casa-Poema de inventar mundos,
casa-poema para criar os filhos,
casa-poema de cimento e telhas.


(Jessiely Soares)



IMAGEM - João Barcelos ( AQUI )

2 comentários:

Alexandre Brussolo disse...

Uma linda poesia, uma casa onde nossos sonhos fossem construídos de escritas e amores, belo.

Nathércia Sena disse...

...eu vou ler esse poema no seu casamento amiga!
Lindo demais, nossa, toda vez me arrepio lendo essa preciosidade aqui!
tenho projetos litrários pra nós qdo eu voltar;)

Beijooooo=*
sucessso minha Clarice!