E ao mesmo tempo, cabia um rodopio de ares e gaivotas.
Devagar, com a singeleza dos pequenos afetos, eles se iam e voltavam como marés.
Algumas canções e pingos de água salgada dos cabelos dela, assentavam na areia dos pés dele.
Eram, de repente, soltos em meio a tanta conchas, um veleiro. Com panos de cobrir a vida.
Jovens, decerto, porque ainda eram tingidos com as nuances da inocência.
E todo o paraíso ainda era de nuvens tamanhas que adivinhavam aviões.
E ela nunca havia navegado no Pacífico.
E ele nunca havia visto o Sol nascer no Atlântico.
A vida era uma boca de engolir sonhos, no meio do mar morto, sais de todos os tipos agrupados nos olhos.
E a liberdade cheirava a coisas sublimes.
Eram finalmente dois navegantes das areias infinitas.
Além, muito além do ancoradouro.
(Jessiely Soares)
2 comentários:
Axei lindo
Axei lindo
Postar um comentário