quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Vulcânica

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Quando todos os versos
ainda eram jovens

numa juventude tão profunda
que ainda era possível senti-los tremer

a minha pena cansada
escrevia sob a luz que jazia
aos pés do candeeiro

Era algo tão recentemente nascido
que me era difícil distinguir os filhos

E a poesia era de um vento tempestuoso
que não me deixava ter noites de paz.

Agora, depois de tantos versos passados
tudo parece adormecido
antes mesmo do meu sono pesado
se instalar em minha cama vazia.

E a pena, parece ter estado fincada no tinteiro
sem candeeiro nenhum.

Me torno, pouco a pouco, um arquipélago
onde nadam pensamentos transparentes

Com os versos que já foram vulcões
agora em repouso
como poesia-magma
( poemas-imprevisíveis )
dentro do meu ventre.



(Jessiely Soares)

1 comentários:

Tânia Marques disse...

Que lindo o seu blog! Adorei, por isso sou tua seguidora desde já. Visite o meu blog Palavras e Imagens
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