domingo, 24 de outubro de 2010

Clarins

Foi escrevendo cancões sem ritmo

que eu dei conta de mim.

Sou uma nota sem encaixe.

O piano está desafinado
e a culpa não é minha

nem dessa hora imprópria
para tanta infelicidade.

Na janela, batuca um galho.
Os ventos vão assoviando
e já faz noite nas nuvens

O que posso esperar?

Moço, moço
você já dorme, eu sei que dorme.

E tudo aqui fora parece
uma gigante sinfonia de saudade.



(Jessiely Soares)

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