quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Versos à Quintana





Um dia alguém comentou
que todos os dias há no mar
pequenos rastros de vida.

- As pessoas não somem simplesmente,
lembre, lembre de Iemanjá -

E eu quase acredito
porque vejo os sorrisos deixarem rastros.
Eu acredito que todos os dias devíamos nadar,

nadar é como voar...
eu não tenho fôlego, por isso, não nado.
É mal de asma.

Hoje estou em crise

e a respiração vai querendo sair do eixo
que lhe foi ensinado,
por isso escapuli da cama
e vim madrugar com letras.

Um dia eu li em Quintana
que quem escreve um poema, salva um afogado.

Eu não tenho fôlego para ser sereia.
Todavia se meu pulmão me sufoca, sei como respirar.


(Jessiely Soares)

Achei a imagem aqui: http://cassiooliv.files.wordpress.com/2008/12/mws-breathe.jpg

1 comentários:

João Luis Calliari Poesias disse...

Quando venho nadar aqui no entre versos e riscos, Netuno me manda embora tri enciumado.www.jlcalliaripoesias.blogspot.com