*
Na praia
entardecida,
avermelhada,
morta e ferida
eu assisto
o espelho
da tua tarde.
das ondas, das areias,
das pedras com as quais converso
eu te reconheço,
adormecido,
num canto eterno
mesmo que sejas,
de uma sutil efemeridade...
Sempre que estou sozinha,
eu te desenho o mais perene,
dentre toda a eternidade.
(Jessiely Soares)