quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Entre as mãos


Vejo a borboleta
Que perdeu o rumo
Entre as promessas
(des)feitas.

Resignada
Ao fim
Em idade tão tenra
Ela ainda
Oferece à vida
A cor intacta
Da alma.

Vã oferenda

A vida detém as cores
E almas
furtivas
Tão ou mais coloridas
Que a dela, sutil
E já desfeita.

Só não tem
O detalhe
infinito
Da paisagem
Que desenhaste
No foco
Do meu olhar

Nas mesmas ondas
Que todo mundo

Que beija a areia
E apaga os beijos
Ao retornar

Tu d(escreves)tes
Um caminho
traçado
contínuo
Ao segurar minha mão

Nossos passos
Não ficaram
Mas a vida
Tingiu meus pés
Despitou segredos
Confessou sua razão.

O amor deixa suas cores
A vida se esvai
Mas as marcas que o mar
Não carrega
A brisa traz
escondida
Entre as mãos.



(Jessiely)

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