Senhor,
a tarde cai
sob a palidez
da névoa
das coisas que construístes.
Cortei
os pulsos
e os desvarios
que plantei,
sombria,
na aridez da terra
triste.
A culpa não é minha
tu me fizestes de carne,
vento e sangue, neblina.
e tudo isso me dói.
Dores muito maiores
que esse vermelho que berra.
Eu não pedi coração
Menos ainda, para ser eterna.
Se me querias
Vulto de dor para posteridade
Poderias ter me feito pedra.
(Jessiely Soares)
0 comentários:
Postar um comentário