Ela se tinge
bela
de tecidos
e esperanças
em
castellano.
Um século
de pequenas
parcelas
de sangue em pires,
de planos cartesianos.
Eu apenas miro-a do espelho
penso que sou o reflexo dela,
que
maquiada,
vestida de pó,
cocar
e
linha
com canela
fuma os pequenos pecados
enquanto eu, suando algemas,
sou apenas
selva,
holograma
e insígnias
O corpo é meu.
Noite fingida,
até isso fantasiaram
de medo,
a ciência anda tão provocativa...
Fatos e desafetos
andando pelas calçadas
ela,
de manhã transfigurada
acorda
em passeata
furiosa
e etílica
O seu cheiro mora em meu corpo
sou feita da sua erva.
O corpo é meu,
visita a Igreja,
museus e ruínas...
A alma é dela
me olha do espelho
e se tranca no quarto
de cima.
Ela sou eu.
Eu sou ocaso,
ela minha alma,
estranha aparição,
escondida pela minha sina.
(Jessiely Soares)
4 comentários:
nunca conheci ninguém tão talentosa qnt vc.
metade da metade que nos comflitamos constantemente sublimes versos
ainda Buarqueando
Vc está linkada ao meu portal. Sucesso com o Blog!!
A sua poesia é muito lírica, psicológica também e, ao mesmo tempo, simbólica. Transcendental, seria? pouco importa, eu gosto de ler o que você escreve. Escreva sempre.
Saudações poéticas.
Postar um comentário