segunda-feira, 23 de agosto de 2010

°C


Ele não veio
porque não pôde.

Porque lá fora faz 15 graus
e todas as pessoas da minha terra
se recolhem quando lá fora faz tamanho frio.

Uma vez em seus lares
elas abrem vinhos
e pensam em coisas quentes
como lareira e sorrisos
e a casa cheira a mistérios de parafina.

Quando faz frio
- e ele, claro, não vem -
eu acendo todos os meus vendavais
e deixo que tudo sopre em mim.

Os meus silêncios e os dele.
Os meus segredos e os dele,
e nessa tênue camada de gelo
que se instalou nas nossas vidas.



 
(Jessiely Soares)

4 comentários:

ELSON TEIXEIRA CARDOSO disse...

Parabéns! Parabéns! Algo triste e solitário, porém, profundamente sensível. O título é um achado. Gostei.

Jose Ramon Santana Vazquez disse...

...traigo
sangre
de
la
tarde
herida
en
la
mano
y
una
vela
de
mi
corazón
para
invitarte
y
darte
este
alma
que
viene
para
compartir
contigo
tu
bello
blog
con
un
ramillete
de
oro
y
claveles
dentro...


desde mis
HORAS ROTAS
Y AULA DE PAZ


TE SIGO TU BLOG




CON saludos de la luna al
reflejarse en el mar de la
poesía...


AFECTUOSAMENTE
JESSIELY



ESPERO SEAN DE VUESTRO AGRADO EL POST POETIZADO DE CACHORRO, FANTASMA DE LA OPERA, BLADE RUUNER Y CHOCOLATE.

José
Ramón...

Karen Ludmila disse...

Gostei muito do seu blog e de como escreve. Estou seguindo. Beijos

cristine lima disse...

Gostei muito do "C"
É assim mesmo que sentem os intensos...
Gostaria de convidar você para ver meu blog. Comentários são bem vindos.
abraço,