Aos pais que perderam seu bebê de três meses em Santa Catarina e para os feridos, os bombeiros, os salvadores e os desesperados, os mortos e desabrigados e aos que perderam suas famílias e amigos no Rio de Janeiro.
Eu não queria esse ano doente.
Eu quero que ele vá passando
passando, passando
jogado nos corredores, sem conseguir chegar até a UTI
como os moradores de Rondônia
que estão com a saúde em crise.
que estão com a saúde em crise.
Eu quero que esse ano
pisque
acene um tchau
e passe batido
pelo reveillón.
Não vou comemorar esse ano
que já começou desastrado.
E em memória
de todos que partiram
antes desse ano
agonizante
eu rezo para que ele morra
o mais rápido possível
de um soterramento
de lembranças.
( Jessiely Soares )
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