I Que ele não seja sacro. Mas apenas fiel, alimentando os sonhos antigos E que ainda me reserve um tempo Que ainda me estenda às mãos e conte estrelas comigo. Para que o fim do dia Ainda pareça manhã II Amanhã. Que o amor ainda seja capaz de habitar as frestas da janela e de entoar mantras ao silêncio para as cigarras, para os rios para as singelezas das nuvens até quando a noite alta aparecer. III Anoitecendo Para que eu consiga ser esperançosa Mesmo quando a porta entreaberta apenas mostrar os raios de escuridão Que vem de dentro. E que mesmo que aqui fora a última luz também esteja esmaecendo. IV Que este amor me veja. Além das aparências, das placas de vidro fosco [que separam a certeza dos medos] Além da grama alta dos meus olhos E da armadura. Que este amor me veja. V E que seja antes da última vez