
*
Amanheci de chuva
sem muita manha, sem cultura,
p´ra compor uma obra-prima
que saísse qual mormaço
numa manhã de brancura.
Desde que a voz não fosse a minha
e que tu lesses a partitura.
E até escrevi a melodia
como uma coisa miudinha
que se encolhesse com o vento.
Ipê branco até chorou
quando ao canto se juntou
a velha dor arrastadinha
"... Foi numa claridade dessas
que pegado na mão dela
destilei amor
numa manhã
águas claras
e campinas
ela cheirava a coisa antiga
a terra doce, a avelã
E aquele Sol afogado
na terra morta que escorre
do pé de serra
fim de dia...
Morreu na canção que deixo
marcada aqui , rasgada a seixo
Onde faz sombra,
calor que míngua.
Na esperança tão vazia
Que ela cresça, véu branquinho
como bibelô, brinquedo
para saber que a amei tanto
naquela manhã apagada
quando contei-lhe meu desejo
e ela sorriu tão branco
tal qual a flor do Umbuzeiro..."
Passarinho bateu asas
brotou plantação de lágrimas
de saudades e de memórias
Chorei caatinga, sertanejo.
(Jessiely Soares)
Amanheci de chuva
sem muita manha, sem cultura,
p´ra compor uma obra-prima
que saísse qual mormaço
numa manhã de brancura.
Desde que a voz não fosse a minha
e que tu lesses a partitura.
E até escrevi a melodia
como uma coisa miudinha
que se encolhesse com o vento.
Ipê branco até chorou
quando ao canto se juntou
a velha dor arrastadinha
"... Foi numa claridade dessas
que pegado na mão dela
destilei amor
numa manhã
águas claras
e campinas
ela cheirava a coisa antiga
a terra doce, a avelã
E aquele Sol afogado
na terra morta que escorre
do pé de serra
fim de dia...
Morreu na canção que deixo
marcada aqui , rasgada a seixo
Onde faz sombra,
calor que míngua.
Na esperança tão vazia
Que ela cresça, véu branquinho
como bibelô, brinquedo
para saber que a amei tanto
naquela manhã apagada
quando contei-lhe meu desejo
e ela sorriu tão branco
tal qual a flor do Umbuzeiro..."
Passarinho bateu asas
brotou plantação de lágrimas
de saudades e de memórias
Chorei caatinga, sertanejo.
(Jessiely Soares)