
Não ouça o triste canto
que soa longe
Que o teu medo
desconheça
tal infortúnio
Não aceita a ilusão
que se oferece
Nas falsas brumas
desse desaguar
noturno.
Tesouros de Sal e nácar,
ouro e olhos
Engolidos
em mortas ondas
- frio e calcário -
Levados a profundos
reinos naufragados
Que ecoam
num madrugar
intempestivo
Não ouça o triste canto
que pressagia
"Guarda o teu medo
como à vida
O mar é a morte
do infinito."
(Jessiely Soares)