sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

O2

http://ferrus.blogs.sapo.pt/arquivo/Folha.jpg

Quando você se põe
feito poema na minha
noite
não há mais cor na noite.

Quando a noite
vira poema
na sua mão

não há mais nenhuma mão.

Nem sua,
nem minha

E é quando
as coisas se desvanecem a ponto de serem
só algumas rupturas

com cheiro de pó e narciso.

Tem coisas que dão cores,
tem coisas que tem olores
e
algumas são só
leveza.

- são nessas em que eu lhe respiro.



(Jessiely Soares)

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