quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Ávida


Eu não sei direito...

Ela não faz curvas, nasce reta, caminhando pra frente.
Eu sigo logo atrás, vela na mão, candeeiro pedindo clemência.

Sou a que segura a sombra, a que enfeita o escuro, a que guia a cegueira temporária das manhãs

E, se há algo nesses detalhes esquecidos que eu não conheça, é necessário que se aja com paciência. Afagos de garupas de pensamentos não nascem em ordem crescente ou decrescente. O dia se atrapalha com as carícias das lembranças.

As coisas, quando inseridas em algum momento de amor, seguem sentido próprio.

Um farfalhar de sorrisos, uma história de mata fechada, uma manhã de estuário. A voz dele embaraçada a uma música Cotidiana de Chico.

A vida vai me estirando na estrada de poeira...

Lado a lado, o cajado dela me traçando rotas.

Eu, com meus pequenos temores. Ela, com os seus fios desencapados.




(Jessiely Soares)

1 comentários:

Salvador d'Almeida disse...

sem tirar nem por, a vida. :)