sábado, 2 de janeiro de 2010

Restos





E era tudo tão caquinho

achado
de miudezas

restante de ceia
e de vinho.

Taça
ofegante
cheia de nada

(espaço para
sonhos tintos)

E tudo era contorno de olhares
na casa de lanterna japonesa.

Há quem pinte
oceanos em telas
para afogar sutilezas.

e há
quem fique assim,
retalhos
do que já foi
mentindo poesia para a tristeza.


(Jessiely Soares)

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